quarta-feira, 28 de junho de 2017

Sardinhada de São Pedro e São Paulo: a nossa homenagem!

Tal como São João e Santo António, São Pedro é um santo popular muito adorado.
Julga-se que 29 de junho é a data do aniversário da morte e tranladação das reliquias de São Pedro e São Paulo santo.
Neste dia celebra-se também o Dia do Papa, visto São Pedro ter sido o primeiro Papa da Igreja Católica. A festa de São Pedro é uma das mais comemoradas entre as chamadas “festas juninas”.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

São João do Porto

O São João do Porto é uma festa popular que tem lugar de 23 para 24 de Junho na cidade do Porto, em Portugal. Oficialmente, trata-se de uma festividade católica em que se celebra o nascimento de São João Batista, que se centra na missa e procissão de São João no dia 24 de Junho, mas a festa do S. João do Porto tem origem no solstício de Verão e inicialmente tratava-se de uma festa pagã. As pessoas festejavam a fertilidade, associada à alegria das colheitas e da abundância. Mais tarde, à semelhança do que sucedeu com o Entrudo, a Igreja cristianizou essa festa pagã e atribui-lhe o S. João como Padroeiro.
Trata-se de uma festa cheia de tradições, das quais se destacam os alhos-porros, usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de limonete), usados pelas mulheres para por na cara dos homens que passam, e o lançamento de balões de ar quente. 
Tradicionalmente, o alho-porro era um símbolo fálico da fertilidade masculina e a erva cidreira dos pelos púbicos femininos. A partir dos anos 70, foram introduzidos os martelos de plástico que desempenham o mesmo papel do alho-porro, tendo, curiosamente, também um aspeto fálico. Nos anos 70, nas Fontaínhas, vendia-se ainda, na noite de S. João, pão com a forma de um falo com dois testículos, atestando muito claramente as conotações da festa com as antigas festas da fertilidade. Existem, ainda, os tradicionais saltos sobre as fogueiras espalhadas pela cidade, normalmente nos bairros mais tradicionais; os vasos de manjericos com versos populares são uma presença constante nesta grande festa e o tradicional fogo de artifício à meia-noite, junto ao Rio Douro e à ponte D. Luís I. O fogo de artifício chega a durar mais de 15 minutos e decorre no meio do rio em barcos especialmente preparados, sendo acompanhado por música num espetáculo multimédia.
Além de tudo isto, existem vários arraiais populares por toda a cidade do Porto especialmente nos bairros das Fontainhas, Miragaia, Massarelos, entre outros. Nos arraiais, normalmente, existem concertos com diversos cantores populares acompanhados, quase sempre, por comida, em especial, o cabrito assado e mais recentemente grelhados de carnes e também sardinhas. A festa dura até às quatro ou cinco horas da madrugada, quando a maior parte das pessoas regressa a casa. Os mais resistentes, normalmente os mais jovens, percorrem toda a marginal desde a Ribeira até à Foz do Douro onde terminam a noite na praia, aguardando pelo nascer do sol.
Não se conhece com rigor quando teve início a festa do S. João do Porto. Sabe-se, pelos registos do Séc. XIV, já que Fernão Lopes, por essa altura se terá deslocado ao Porto para preparar uma visita do Rei, tendo chegado na véspera do S. João, deixou escrito na Crónica que era um dia em que se fazia no Porto uma grande festa, descrevendo-a e como era vivida pelas gentes do Porto.
É, no entanto, possível que essa festa fosse mais antiga, pois existia uma cantiga da época que dizia até os moiros da moirama festejam o S. João.
Era também no dia de S. João que a Câmara Municipal do Porto se reunia em Assembleia Magna, que corresponderia à atual Assembleia Municipal, reunião essa realizada no Claustro do Mosteiro de S. Domingos, pelo seu grande espaço, onde se procedia à eleição dos Vereadores e onde se tomavam as decisões mais importantes para a cidade.
São João em Portugal
Festa cíclica, de raiz pagã, que assenta, fundamentalmente em “sortes” amorosas, encantamentos e divinações que se devem relacionar, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, mas que andam também estreitamente ligadas aos antigos cultos pagãos do Sol e do fogo e às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.
Quem saltar a fogueira na noite de S. João, em numero ímpar de saltos e no mínimo três vezes, fica por todo o ano protegido de todos os males.
Diz a tradição que as cinzas de uma fogueira de S. João curam certas doenças de pele. Para certos males, são benéficos os banhos que se tomem na manhã do dia de S. João, mas antes do Sol nascer. No Porto, os que se tomavam nas praias do rio Douro ou nos areais da Foz, valiam por nove...
As orvalhadas têm a ver com a fecundidade. Uma mulher que se rebole de madrugada sobre a erva húmida dos campos (“...para tomar orvalhadas / nos campos de Cedofeita”) fica apta para conceber. Segundo um conceito antigo as orvalhadas eram entendidas como o suor ou a saliva dos deuses da fertilidade. Uma outra velha tradição assegura que os namoros arranjados pelo S. João são muito mais duradouros do que os que se formam pelo Carnaval “que não vêm chegar o Natal..."
Em Beja põem-se, numa tábua, 12 montinhos de sal, aos quais se dão os nomes dos meses. Passam depois a tábua pelo fumo de uma fogueira e deixam-na ficar toda a noite ao relento da manhã. Antes do sol nascer, correm à tábua para examinarem qual dos montinhos de sal está mais húmido, e é então que sabem quais os meses em que choverá mais, segundo os nomes que lhes deram e a humidade de cada um.
Em Trás-os-Montes, acreditava-se que o costume de as raparigas cortarem as pontas do cabelo e, antes do nascer do Sol, as colocarem sobre uma silva mansa fazia com que as pontas não voltassem a espigar.
Por todo o País, criaram-se estas lendas em volta da noite de São João.
Em Lisboa diz-se que se na noite de São João a rapariga põe a mesa com dois pratos, talheres e comida e à meia-noite começa a comer, no lugar vazio surge-lhe a figura do futuro noivo.
No Algarve, segundo a tradição local, enquanto as raparigas dançavam em redor de um mastro enfeitado com madressilva e flores de São João, os rapazes saltavam a fogueira, o que os tornava homens adultos e protegia as crianças das doenças.
As mães passavam por cima das chamas (sem queimar, claro) as crianças doentes ou fracas, e para todos era bom dizer quando saltavam a fogueira:
"Fogo no sargaço,
saúde no meu braço.
Fogo no rosmaninho,
saúde no meu peitinho."
A noite de São João é considerada mágica desde a Idade Média. Diz-se que as "mouras encantadas" deixam a forma de cobras, com que vivem todo o ano, e vêm à tona da água com figura humana.
Na madrugada de São João vão as mouras estender os seus tesouros à orvalha do campo. Esses tesouros ficam aí encantados sob a forma de figos. Se alguém passa, os apanha e não os come, transformam-se em verdadeiros tesouros. Se, porém, a pessoa que os apanha os come, reduzem-se logo a carvão.
Fonte: Infopédia


Um Bom SÃO JOÃO
Com muita diversão
E a sardinha assada 
a pingar no pão!

Declaração dos Direitos de Literacia dos Cidadãos Europeus


PortoCartoonWorldFestival_Turismo


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Chegou oficialmente o Verão_ Solstício de Verão 2017, Hemisfério Norte


Solstício de Verão 2017no Hemisfério Norte

Este ano o Solstício de Verão ocorre no dia 21 de junho às 5h24min, o dia mais longo do ano. Este instante marca o início do Verão no Hemisfério Norte, Estação mais quente do ano. Esta estação prolonga-se por 93,65 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 22 de setembro de 2017 às 21h02min.
Solstícios: pontos da eclíptica em que o Sol atinge as posições máxima e mínima de altura em relação ao equador, isto é, pontos em que a declinação do Sol atinge extremos: máxima no solstício de Verão e mínima no solstício de Inverno.
A palavra de origem latina (Solstitium) está associada à ideia de que o Sol devia estar estacionário, ao atingir a sua mais alta ou mais baixa posição no céu. O termo "solstício" vem do Latim sendo composto pelas palavras sol e sistere (que não se mexe). Visto da Terra, o sol parece parado, mantendo uma posição fixa ao nascer e ao se pôr, durante algum tempo.
O solstício de verão é o momento em que o Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do Equador, em junho no hemisfério norte, e em dezembro no hemisfério sul.
Os solstícios acontecem duas vezes por ano, uma vez em junho e outra em dezembro, o que define as mudanças de estação do ano juntamente com os dois equinócios. Em junho observa-se o solstício de verão, que coincide com o início do verão no hemisfério norte. No hemisfério sul acontece ao mesmo tempo o solstício de inverno.

Leituras Geográficas!

Revista de Ciência Elementar_ junho 2017

terça-feira, 20 de junho de 2017

Prémio Literário Miguel Torga

Prémio Literário Miguel Torga com candidaturas até 31 de julho
A Câmara Municipal de Coimbra instituiu o Prémio Literário Miguel Torga a conceder bienalmente aquando da realização das Festas da Cidade e da Rainha Santa Isabel a 4 de Julho, tendo sido atribuído pela primeira vez em 1984.
Com o intuito de galardoar uma obra inédita em língua portuguesa na categoria de narrativa e visando estimular a criação literária e o aparecimento de novos autores, este Prémio Literário presta homenagem a Miguel Torga, nome literário do médico Adolfo Rocha.
As obras podem ser enviadas até o dia 31 de julho e o autor da obra premiada receberá um prémio pecuniário de cinco mil euros e verá a sua obra publicada.

Mais informações:

Exposição: O Foral do Porto 1517-2017


segunda-feira, 19 de junho de 2017

19 de Junho de 1584: Morre Francisco de Holanda, discípulo de Miguel Ângelo

19 de Junho de 1584: Morre Francisco de Holanda, discípulo de Miguel Ângelo, autor da "Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa", primeira proposta de ordenamento da capital portuguesa.
Ensaísta, artista plástico, arquiteto, historiador e crítico de arte português, nascido provavelmente em 1517, em Lisboa, e falecido em 1584. Estudou em Itália, entre 1538 e 1547. Ali teve acesso ao círculo de Vitória Colonna, figura notável do renascimento italiano, facto que lhe proporcionou o convívio com grandes artistas da sua época, como Parmigianino, Giambologna e, em especial Michelangelo Buonarroti, que nele despertou o fervor pelo classicismo.Regressou, mais tarde, a Portugal, onde obteve várias ajudas da parte do infante D. Henrique, do cardeal-arcebispo de Évora e dos reis D. João III (a mando deste monarca, pintou os livros do coro do Convento de Cristo) e D. Sebastião.
O ideal estético renascentista exprime-se acentuadamente neste autor, que afirma que o dever primordial do artista é cultivar a sua íntima originalidade, "imitar-se a si mesmo"; depois, seguir a lição da natureza (puro espelho do Criador) e a lição dos antigos, mestres imortais de grandeza, simetria, perfeição e decoro. Dotado de uma grande versatilidade intelectual, o autor distinguiu-se pelos seus desenhos da série "Antiguidades de Itália" (1540-1547), pelo seu contributo como instrumento de estudo na reconstituição do património arqueológico romano e da arte italiana da primeira metade do século XVI. Foi ainda autor do projeto da fachada da igreja de Nossa Senhora da Graça, em Évora.
A sua paixão pelo classicismo refletiu-se no seu tratado Da Pintura Antiga, que divulga o essencial da obra de Michelangelo e do movimento artístico de Roma no segundo quartel do século XVI. Escreveu ainda o primeiro ensaio sobre urbanismo na Península Ibérica, como o título Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa, e alguns livros de desenhos como De Aetibus Mundi Imagines e Antigualhas.
                                                                           Auto retrato de Francisco de Holanda
A Ceia do Senhor- Francisco de Holanda
Exemplo da traça de Francisco de Holanda em Da fábrica que falece a cidade de Lisboa: "Lembrança pera redificar a ponte deSacauem"


Francisco de Holanda. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

sábado, 17 de junho de 2017

Escrito na Parede...

e...VIVA A LEITURA!

17 de Junho de 1922: Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro

17 de Junho de 1922: Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro, completando a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
A primeira travessia aérea do Atlântico Sul foi concluída com sucesso pelos aeronautas portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, a 17 de Junho de 1922, no contexto das comemorações do Primeiro Centenário da Independência do Brasil. A épica viagem iniciou-se em Lisboa, ao largo da Torre de Belém, às 16:30h de 30 de Março de 1922, empregando um hidroavião mono motor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem e equipado com motor Rolls-Royce. Sacadura Cabral exercia as funções de piloto e Gago Coutinho as de navegador. Este último havia criado, e empregaria durante a viagem, um horizonte artificial adaptado a um sextante a fim de medir a altura dos astros, invenção que revolucionou a navegação aérea à época. Embora a viagem tenha consumido setenta e nove dias, o tempo de voo foi de apenas sessenta e duas horas e vinte e seis minutos, tendo percorrido um total de 8.383 quilómetros.
Em 1991, um monumento da autoria dos arquitectos Martins Bairrada e Leopoldo Soares Branco e do escultor Domingos Soares Branco, é inaugurado próximo da Torre de Belém. Consiste numa réplica exacta em inox de um dos hidroaviões que fez a viagem, o Santa Cruz, tendo no seu interior os bustos, em tamanho natural, dos dois aviadores.
Fonte: Mosteiro Jerónimos
wikipedia (Imagens)

Gago Coutinho e Sacadura Cabral  antes da partida para a travessia do Atlântico



Homenagem à travessia: réplica em aço do "Santa Cruz" (Belém, Lisboa)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Final do Concurso de Português “Ortografia e Gramática”, 2º ciclo


A final do Concurso de Português "Ortografia e Gramática" decorreu no dia 16 de junho no auditório da Escola Secundária Clara de Resende e as grandes vencedoras foram:
  • 5ºanoInês Sanches Silva, 5ºD
  • 6º ano - Inês Bessa Peixoto Ferraz Ferreira, 6ºB
Parabéns a todos os participantes,
Parabéns às grandes vencedoras!

O Cartão de Cidadão do animal de "estimação" do 5ºD


Professor Filipe



Apreende a poupar, para o teu futuro salvar!

Não se cria, mas transforma-se.
Apreende a poupar, para o teu futuro salvar!
Hoje em dia, a água está em vias de passar a ser um recurso não renovável e, por esse motivo, a água que temos hoje é não só para o nosso presente como também para o nosso futuro.
Queremos um futuro sem água? Sobrevivemos sem água? As respostas são “Não!” e “Não!”.
Podemos transformar água não potável em potável, água destilada em água doce ou salgada, mas não podemos criar água. A água disponível hoje é a água disponível no futuro e, por isso mesmo, temos de a poupar.

Sê responsável e salva a tua vida!

Francisca Pinho, 10ºA

A importância da Água!

A Importância da Água
Não vamos deixar o nosso planeta secar!


Todos nós sabemos o quão importante a água é para a sobrevivência da grande maioria das espécies que habitam a Terra. Para além de constituir cerca de oitenta por cento do corpo humano, a água é m bem essencial à vida. Lamentavelmente, nem toda a gente se apercebe disso.

Está comprovado que, nos últimos anos o consumo de água tem vindo a aumentar. Mas será que toda a água consumida é bem gasta? Infelizmente não. Muita da água que nós gastamos, gastamo-la mal, desperdiçando-a. Mas todos nós temos de ter noção de que a água não é um bem finito. Muito pelo contrário, ela é um bem finito que se esgotará rapidamente se não mudarmos os nossos hábitos e não a preservarmos melhor e mais.

Por isso, vamos mudar hábitos e não deixar o nosso planeta secar.

Alunos 10ºA
Professora Helena Sereno

"O homem que plantava árvores" de Jean Giono. Sugestão Leitura 3ºciclo


Final do concurso de Inglês “Spelling Contest”, 2ºciclo


A final do Concurso de Inglês “Spelling Contest” decorreu no dia 16 de junho, no auditório da Escola Secundária Clara de Resende, e os vencedores foram:

  • 5º ano - Sofia Ramires Outor, 5ºE
  • 6º ano - Pedro Henrique Ricardo, 6ºA

Parabéns a todos os participantes 
Parabéns aos vencedores!

"Descobrir o Mundo" com João Velosa

João Velosa, 8ºA

Chegaram as férias.Vamos "Descobrir Portugal" com João Velosa

João Velosa 8ºA

VIN POR TI entrega dos dicionários de português

 
A turma do 5ºD, acompanhada pela professora Maria Antónia Magalhães, recebeu hoje, na biblioteca da Escola, os voluntários do projeto VIN POR TI a quem entregaram os dicionários de português recolhidos ao longo do ano. Esperamos que sejam muito úteis em Timor.
Gostaríamos muito de continuar a ajudar! Contamos com a colaboração de todos. Obrigada.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

15 de junho: Feriado Corpo de Deus

Significado do Corpo de Deus
O Dia do Corpo de Deus é um feriado nacional religioso que se celebra sempre a uma quinta-feira. 
A data celebra-se na segunda quinta-feira a seguir ao Domingo de Pentecostes (60 dias após a Páscoa).
Corpo de Deus vem do latim Corpus Christi. É uma "festa de guarda" com vários séculos, onde os católicos devem participar, indo à missa. O Corpo de Deus é uma celebração católica que tem como fim celebrar o mistério da Eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.
Desde o século XII, muitas localidades portuguesas unem-se à celebração da festa do Corpo de Deus, invocadora do "triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia".
A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus", começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula "Transiturus", em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento.
Teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo.
Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente a uma quinta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa.
Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respetivamente.
Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração; no século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração.
No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento.
A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante.
Do desejo primitivo de "ver a hóstia" passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na "Christianitas" medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.
A "comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa" (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo praticamente desaparecido a festa litúrgica do "Preciosíssimo Sangue", a 1 de julho.
A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que "onde, a juízo do bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo" (cân 944, §1).

Tradição de Corpo de Deus em Portugal
Em várias localidades do país realizam-se procissões e festas religiosas neste dia. As ruas são decoradas com flores e em algumas localidades são colocados tapetes florais no chão para a procissão passar.
Neste dia é também comum a Igreja celebrar as primeiras comunhões e comunhões solenes de crianças e jovens.
in Agência ecclesia

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Vencedoras do Concurso Interno de Leitura (2º ciclo): Entrega de prémios


 Parabéns às vencedoras Inês, Marta, Clara, Inês e Mariana. 
Um agradecimento muito especial à  querida professora Maria Antónia Magalhães, coordenadora do CIL.

Vencedoras do Problema do Mês: Entrega de prémios e certificados

Entrega dos diplomas e prémios às nossas premiadas. 
Parabéns Rita, Inês e Sofia.

14 de Junho de 1900: Nasce Ofélia Queirós, a namorada de Fernando Pessoa

Ofélia Queirós nasceu em Lisboa no dia 14 de Junho de 1900. Filha de Francisco dos Santos Queirós e de Maria de Jesus Queirós, naturais de Lagos, era a mais nova de oito irmãos. Concluiu o primeiro grau da instrução, embora desejasse ser professora de matemática. No entanto, procurou estar sempre actualizada, estudando Francês e Inglês. Gostava de ler, de ir ao teatro e de conviver. Passava muitas horas em casa do sobrinho, o poeta Carlos Queirós, a conviver com grandes artistas como Carlos Botelho, Vitorino Nemésio, Almada Negreiros, Olavo d'Eça Leal, Teixeira de Pascoaes, José Régio e outros.
Ofélia
Ofélia, no entanto, ficou célebre por ter sido a única namorada conhecida do poeta Fernando Pessoa. Este namoro é caracterizado por duas fases distintas. De 1 de Maio a 29 de Novembro de 1920 e de 11 de Setembro de 1929 a 11 de Janeiro de 1930, embora o contacto entre os dois se mantenha cordial, mas esporádico, até à morte do Poeta.
Esta relação é conhecida pelas cartas que ele lhe escreveu, 48 cartas publicadas em 1978 e precedidas de um texto explicativo da própria Ofélia (testemunho sóbrio e modesto mas muito precioso, dado que é tudo aquilo que tornou público) e das cartas dela para ele, publicadas pela sua sobrinha em 1996, e que só foram publicadas anos depois da morte de Ofélia (1991).
Além desta correspondência, apenas existem testemunhos isolados, demasiado vagos e escassos que recriem ou relembrem este amor. Nem mesmo dos familiares ou amigos mais próximos, porque foi uma relação levada com a máxima discrição e nunca se oficializou. De qualquer maneira, foi o único amor conhecido do poeta, o único nos seus 47 anos de vida; e a publicação em 1996 das cartas de Ofélia para Fernando (um total de 110 cartas, mas certamente foram, no mínimo, mais de uma dúzia, entre extraviadas, ilegíveis e as que a família censurou) lança luz em tantos lados de sombra e destrói o ponto de vista unidireccional (cartas dele para ela) que até então os seus biógrafos contemplavam, principalmente no que respeita à chamada "segunda fase", o período compreendido entre 1929 até quase à morte do poeta.
A primeira fase durou poucos meses e foi marcada por uma paixão sincera. Começa quando Pessoa conhece a jovem, na altura com 19 anos, nos escritórios da Baixa lisboeta, onde ela entra para trabalhar como dactilógrafa e ele já exercia os seus serviços como tradutor de correspondência comercial. A relação é pura e doce. Pessoa trata-a como a uma criancinha. Todos os críticos e estudiosos estão de acordo na não inocência deste tom infantil. A mudança de Ofélia para o outro lado da Cidade, a morte do padrasto e a volta da mãe para Lisboa, somadas ao estado dos nervos do poeta, que se reconhece muito doente, arrefecem o entusiasmo que impulsionava a relação e, em 29 de Novembro de 1920, uma lúcida e cruel mensagem encerra o namoro: "O amor passou... O meu destino pertence a outra Lei, cuja existência a Ophelinha ignora, e está subordinado cada vez mais à obediência a Mestres que não permitem nem perdoam..."
Dez anos depois acontece a retomada do namoro, agora usando igualmente o recurso da voz: já existem telefones em Portugal. O reencontro é motivado por uma fotografia do Poeta a beber no Abel Ferreira da Fonseca, que tinha sido oferecida a Carlos Queirós, sobrinho de Ofélia e amigo de Pessoa. A jovem mostra vontade de possuir uma igual e ele lhe envia uma com a dedicatória: "Fernando Pessoa em flagrante delitro". A 11 de Setembro inicia-se a primeira da segunda série de cartas de amor. Nesta segunda fase, nota-se uma enorme confusão de sentimentos e perturbação psíquica.
Ofélia acabou por seguir a sua vida. A partir de 1936 e até 1955 trabalhou no Secretariado Nacional de Informação – onde, na Tobis, conhece o teatrólogo Augusto Soares (m. 1955), um homem de Teatro, com quem se casa em 1938, três anos após a morte de Pessoa.
Fontes:Librópatas, wikipédia


Fernando Pessoa
[Carta a Ophélia Queiroz - 5 Abr. 1920]

Meu Bebé pequeno e rabino:

Cá estou em casa, sozinho, salvo o intelectual que está pondo o papel nas paredes (pudera! havia de ser no tecto ou no chão!); e esse não conta. E, conforme prometi, vou escrever ao meu Bebezinho para lhe dizer, pelo menos, que ela é muito má, excepto numa coisa, que é na arte de fingir, em que vejo que é mestra.
Sabes? Estou-te escrevendo mas não estou pensando em ti . Estou pensando nas saudades que tenho do meu tempo da caça aos pombos ; e isto é uma coisa, como tu sabes, com que tu não tens nada...
Foi agradável hoje o nosso passeio — não foi? Tu estavas bem disposta, e eu estava bem disposto, e o dia estava bem disposto também (O meu amigo, não. A. A. Crosse: está de saúde — uma libra de saúde por enquanto, o bastante para não estar constipado).
Não te admires de a minha letra ser um pouco esquisita. Há para isso duas razões. A primeira é a de este papel (o único acessível agora) ser muito corredio, e a pena passar por ele muito depressa; a segunda é a de eu ter descoberto aqui em casa um vinho do Porto esplêndido, de que abri uma garrafa, de que já bebi metade. A terceira razão é haver só duas razões, e portanto não haver terceira razão nenhuma. (Álvaro de Campos, engenheiro).
Quando nos poderemos nós encontrar a sós em qualquer parte, meu amor? Sinto a boca estranha, sabes, por não ter beijinhos há tanto tempo... Meu Bebé para sentar ao colo! Meu Bebé para dar dentadas! Meu Bebé para...
(e depois o Bebé é mau e bate-me...) «Corpinho de tentação» te chamei eu; e assim continuarás sendo, mas longe de mim.
Bebé, vem cá; vem para o pé do Nininho; vem para os braços do Nininho; põe a tua boquinha contra a boca do Nininho... Vem... Estou tão só, tão só de beijinhos ...
Quem me dera ter a certeza de tu teres saudades de mim a valer . Ao menos isso era uma consolação... Mas tu, se calhar, pensas menos em mim que no rapaz do gargarejo, e no D. A. F. e no guarda-livros da C. D. & C.! Má, má, má, má, má...!!!!!
Açoites é que tu precisas.
Adeus; vou-me deitar dentro de um balde de cabeça para baixo para descansar o espírito. Assim fazem todos os grandes homens — pelo menos quando têm — 1º espírito, 2º cabeça, 3º balde onde meter a cabeça.
Um beijo só durando todo o tempo que ainda o mundo tem que durar, do teu, sempre e muito teu

Fernando (Nininho).
Fonte: http://arquivopessoa.net/

Teatro na Escola: A crónica dos bons malandros e outros!

 A Apresentação do trabalho desenvolvido pelos alunos de teatro decorreu no dia 14 de junho. pelas 12:30, no bar da escola e os pais foram assistir!
Parabéns aos nossos pequenos atores! 
Estão convidados a apresentar o seu espetaculo na Biblioteca da Escola.